quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Esta atividade é muito interessante para trabalhar com as crianças e incentivar 
a escrita de poemas.....trabalhamos ontem no Pró e as cursistam se revelaram 
verdadeiras poetisas....foi surpreendente!

Atividade Avaliativa do Fascículo 3 





FASCÍCULO 3 
A organização do tempo pedagógico e o planejamento de ensino

O nosso 2º encontro do Fascículo 3 foi incrível...as cursistas participaram muito e a troca de experiências foi muito valiosa....Todas compartilharam maneiras variadas de explorar este vasto mundo da Leitura...
Nos deliciamos com " A verdadeira história dos três porquinhos."






















quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Mais histórias........


O PASSEIO DO ELEFANTE JEREMIAS

UFFFFFF... que dia de calor!

A mamã elefante foi fazer um passeiozinho
Levou com ela JEREMIAS o filhotinho...
Ai... mas estava um dia de calor!
E água não tinham por perto
Tanto era o calor,
que mais parecia um deserto.
Mas a mamã elefante 
com todo o seu amor
Escondeu o elefantzinho
Debaixo do seu chapéuzinho.

Assim lá caminharam, estrada fora
Foram uns amigos visitar
Mas nunca mais chegava a hora,
do almoço, e a fome começava a apertar.
Depois de longa caminhada
Talvez p'ra aí, hora e meia...
Diz a mamã elefante cansada
Deixa meu filho, que daqui a nada
Já tens a barriguita cheia.

O pequenino, gostou do passeio
Embora cansado! 
Não dava para disfarçar.
Foi quando o sono lhe veio
E já com um olhito meio fechado
Não pôde mais caminhar.

Aos amigos deu um abraço
E disse:
mãe não dou nem mais um passo!

A mamã elefante, ficou a sorrir
Levantou a tromba pra saudar,
os amigos, com muita alegria
Um e outro e mais outro ainda
E assim se passou este dia.

Com esta história de encantar...linda!
Linda...Linda!!!

Não acham? Ah...mas o elefante pequenino, divertiu-se muito,
tomou banho no rio, refrescou-se, comeu imensosvegetais muito fresquinhos,
e já o sol ía alto, regressou a casa com a mãe que o acompanhou num passinho miúdo.
Os animais também sofrem com o calor, devemos oferecer-lhes água, para não desidratarem, e tratá-los com muito carinho, que eles são nossos amigos.



NO JARDIM DO JOÃO



Que confusão aqui vai!
Diz o João e com razão.


A Aranha estende a armadilha
Para ver se alguém cai
Logo tudo se ensarilha
Ai meu DEUS o que ali vai!
Anda a Libelhinha distraída
a esvoaçar aqui à volta,
como quem anda perdida.
Nem se lembra do Peneireiro
aqui á solta!

OPeneireiroé um passarinho
Que gosta de andar ao sabor da aragem
Lindo! Esvoaça, abrindo a plumagem.

Hoje todo o Mundo parece alvoroçado
Os bichinhos andam no prado
Mas só o Pica-pau assobiava
E o  Gafanhoto saltava

Ah...mas o Peneireiro...!
Esse muito saltitava
Entrou devagarinho no celeiro
Do tio JOAQUIM
E encheu o papo,
e depois veio para o jardim
apoquentar os demais!
Mas estava tão feliz
Que até assustou os Pardais.

Um Tordo que por acaso ali passava
Pousou num ramo da cerejeira
Eis quando sem querer
 com o pé, a Joaninha esmagava.
Chorou tanto!
Coitada é que lhe fez mesmo doer.
Ficou toda a tremer!!!

Mesmo ali á beira,
Porco Espinho
Estava ao sol de barriga pró ar
Não deu conta de nada,
quase adivinho...
Que continuou a ressonar!
Escondidinho 
numa caminha
de folhas de sabugueiro,
onde dorme o dia inteiro.


HUM!!!
De repente deu-lhe o cheiro
Espetou as orelhas no ar
E pensou:
Ah...este Peneireiro, ainda o vou apanhar!


É que era tal o reboliço!!!!!
Que ninguém podia descansar.


Então!!!!Vamos lá a ver isso!
Caluda, que é a hora da sesta!
Ou o senhor Peneireiro
pensa, que aqui há festa?


Não há tempo a perder
O Ouriço tem razão!
Diz o Tordo, que ainda não conseguiu comer,
as cerejas descansado.
Oh Senhor Peneireiro!!!! Não se faça convidado.
Os frutos são minha dieta
Se o senhor já tem o papo cheio
Vá-se embora...
Deixe a Libelhinha quieta.

Ía a conversa a meio
Sai da gruta um fantasma esquisito
Todos de cabeça no ar...
Que fantasma!!!! Que até sabia voar!
Então quem era?
O senhor Mocho que se dirigia
para a floresta.

E do dia
Já pouco resta!
Cada um vai á sua vida
Que a briga já está esquecida.


Hoje esteve um dia de sol, os bichinhos se divertiram, ás vezes se zangam, porque uns são mais barulhentos, quezilentos, mas depois acabam sendo todos amigos. Agora já todos no campo dormem,
cada um no seu galho, ou no seu cantinho feito de folhinhas fofas, só anda mesmo por aí a Coruja e o Mocho, que de noite se alimentam e por isso saem ao entardecer...ai, ouvi agora um grande estrondo, é um trovão, já sei... vamos ter mau tempo, mas eu sou um Melro muito esperto, vou direitinho ao telheiro do
vizinho Joaquim e lá não apanho chuva.


Meninos vamos todos a recolher, amanhã venho contar outra estória, não percam!




O JARDIM DA SARA

O JARDIM DA SARA

Está a chegar a Primavera
É preciso tratar do jardim
Não se pode ficar à espera
Tem de se começar hoje sim!

Precisamos de terra para plantar
Vamos retirar as plantas dos vasos
ou seja desenvasar,
e nos canteiros de novo replantar.
Depois é só adubar e regar.

Por fim é só esperar
Que o sol as ajude a crescer
Temos de lhes dar atenção
Esquecê-las não... isso não!
Porque as plantinhas podem morrer.

Enquanto o JOAQUIM revolve a terra
A SARA, pega nos pézinhos e enterra.
Aconchega bem com a mão, 
E assim vai ter flores até ao fim do Verão.

Num canteiro plantou violetas e narcisos
Num outro gerberas e girassóis
Mas estão muito indecisos!
Pois não sabem se depois...
As hortensias crescem demais
E fazem sombra aos lírios
Às tulipas e outras tais.

Mais à frente o canteiro do alecrim
E um outro de amores perfeitos
O tempo é falso, às vezes ruim!
Ficam nossos intentos desfeitos.

Mas a SARA está orgulhosa
Hoje sorri satisfeita
Já a roseira deu uma rosa
E já um cravo está à espreita.

Os passarinhos?
Também embelezam o jardim
Fazem os ninhos 
Ali pertinho e cantam com alegria.
Hoje sim!
SARA e o JOAQUIM
Merecem descansar!
Pois andaram todo o dia
O jardim a ordenar.

O jardim só é bonito se estiver cuidado, e florido.
Para isso é necessário tratá-lo com carinho, é preciso regar, e retirar
todas as folhinhas secas, e plantar antes de chegar a Primavera
para as plantinhas florirem logo que esta estação do ano chega, por isso se diz que a
Primavera é a estação das flores.


O MEU JARDIM

O MEU JARDIM

 P'la manhã nasce o Sol
Aquece toda a Natureza
E logo o Sr. Caracol
Aparece, com toda a ligeireza!


No jardim surge a fadiga
Uns rastejam, outros esvoaçam!
E logo a Dª.Formiga
Diz bom dia aos que passam.


Alegre o Sr. Sapo
Coaxa a manhã inteira
Arfando ao Sol o seu papo
Com alegria verdadeira!


D.ª Abelha que é mestra!?
Percorre todas as flores
Dª.Cigarra dorme a sesta
E depois, canta aos amores!?


Que aflição ali vai!
D. Gafanhoto saltou!
Foi ver, quem deu um ai
Quem a Minhoca  encontrou?!


D. Grilo de preta asa
Deixou logo de cantar!?
Vendo pousado na salsa
Um passarinho a chilrear!


Dª.Aranha que é esperta
Vai tecendo a sua teia
Cai um incauto, está certa!
Que já tem a sua ceia.


É noite, já todos dormem
Só D. Morcego procura...
Chega a Lua e chega bem
Cobre-os a todos com ternura.





O BURRINHO FELIZBERTO

HOJE SOU EU QUEM CONTA A HISTÓRIA


disse este GALO espertalhão




O burrinhoFELIZBERTO
Gosta muito de caminhar
E lá vai todos os dias
A farinha ao moinho levar.

Não é dono de preguiça
Trabalha a semana inteira
Leva ao mercado a hortaliça
Sempre que é dia de feira.

Também tira água à nora
Trabalha p'ra seu sustento
E à noite é chegada a hora
De dormir ao relento.


FELIZBERTO é um burrinho feliz
Leva o alforge pesado!
E o dono sempre diz:
O burrinho é meu criado.

E ele lhe agradece tudo
Sempre de boa vontade
Tem o passinho miúdo!
Já dele levo saudade.

E assim acaba a história do burrinhoFELIZBERTO, que tinha
muitos amigos, e lá ía patinha aqui, patinha ali...





O GALO CÓRÓCÓCÓ



Eu sou um galo cantador
Canto de manhã cedinho
Sou como um despertador
Tenho um cantar fininho.

Toca todo o mundo a levantar
que o Sol já nasceu...
E se alguém não acordar?
O pequeno almoço perdeu.

Tenho a garganta afinada
Canto bem minha melodia!
Já o sol daqui a nada...
Vai a pique, é meio dia!

Acordei os patos e as galinhas
Passarinhos, meninos e meninas 
E acordei minhas vizinhas...
E as ovelhas pequeninas.

Estão todos num alvoroço
Zurra  o burrinho de zangado
Prepara-se para o almoço
Que ainda está enfardado.

Vem lá o JOAQUIM da quinta
E diz:
Prestem todos muita atenção!
Não quero que ninguém sinta
Que não tenho bom coração.

E o galo encheu o seu papo
Cacarejaram as galinhas
Por ali perto andava o sapo
E as patas tão branquinhas.

Todos os dias é assim...
Uma alegria na capoeira!
Voam os pombinhos por fim
Vão beber água à ribeira.

Já o galo CÓRÓCÓCÓ bate a asa
Já é lusco-fusco, horas mortas
JOAQUIM volta p'ra casa
À capoeira fecha bem as portas.

O CÓRÓCÓCÓ dorme empoleirado
No seu pau de galinheiro...
Bem direitinho, todo emproado
Quer acordar cedo... ser o primeiro.

Os galos cantam quando nasce o dia, e o sol aparece bem brilhante.
O eco da sua voz sonora, acorda toda a aldeia como se fosse um relógio despertador.
Os meninos se levantam, fazem a sua higiéne, tomam o pequeno almoço e lá vão até
à escola para mais uma aprendizagem.


CASINHA PINTADA


SÃOZINHAE AS AMIGAS, pintaram com cores bonitas a casa do BOBY.


Ai Jesus, mas este cão é bem traquinas
Pintei-lhe a casinha ainda há pouco
Com a ajuda d'outras meninas
E ele está que nem louco.

Está feliz, e quer nela entrar
Mas de fresco está a pintura
Ainda não o vou largar
Porque é grande a sua loucura.
Valha-me DEUS, mas já pousou um passarinho
Leva a tinta nas patinhas
e vai sujar o seu ninho.
Até os girassóis estão a sorrir,
E também as outras florinhas,
Mas enxotei a borboleta
Que já lá vai a fugir.

Vou colocar uma tigela
Uma só não!
Duas! Pertinho da janela
Uma de água e outra de comida
Espero que o BOBY, tenha uma boa refeição,
e uma boa dormida,
Pois também tem um colchão.
A um cantinho no chão.

BOBY é muito meu amigo
E é muito pachorrento
Só quer estar no seu abrigo
Para se abrigar do frio e do vento.
E nos dias de sol quente?
Deita-se à porta regalado
E finge que não vê a gente
Mas está de olho meio fechado.
Hoje está muito feliz
Tem casa e telhado pintado
E na sua fala ele me diz:
Minha amiga... muito obrigado.

Os animais são muito reconhecidos e nos agradecem
todo o carinho. Também nos fazem companhia, e sabem
quando estamos tristes ou alegres. Não podemos esquecer de os fazer felizes.

ALVOROÇO NA LEZÍRIA


Hoje a abelhinha andou por aqui
mas estava triste...e porquê?

Dizia ela:

Ficou o céu cinzento
e lá se foi meu alento...
Ando aqui de flor em flor
Mas sinto falta do sol e seu calor.

Logo a rã respondeu;

Eu estou fresquinha
Não me importo nada!
Apanhei esta chuva miudinha
Hum!!!
E estou muito animada!
Tinha a pele ressequida
Do calor deste verão
Tinha que andar fugida
Á sombra do mangericão.

Chegou o louva a deus e ouvindo a conversa
também entrou nela.

Eu cá por mim tanto se me dá
Mas assim está melhor!
O vento abana o raminho 
para cá e para lá...
e eu durmo um soninho,
descansado e sem calor.

Logo vem a cigarra cantadeira


Não dormes não!
Dorminhoco
Que eu canto a minha canção
Ainda hoje cantei tão pouco!
Ah...mas vou cantar até de madrugada!
E vou começar daqui a nada.

Logo o grilo de preta asa
chega por ali perto e não se contém
Meus amigos, o tempo vai e vem!
Hoje, está triste como eu
E cai uma chuvinha do céu
Mas haja esperança
Que ainda o verão é uma criança!
Eu vou até à lezíria onde tudo é verde
Mato a minha sede...
E se amigos por lá encontrar?
Nem sei se vou voltar!

Mas o tempo não mudou e todo o dia esteve cinzento
E meu DEUS, quanto lamento!
Na seara todos estão tristes a valer
Será que não volta o calor para os aquecer?
A abelhinha quer fabricar seu mel
Que é o melhor das redondezas
A cigarra quer cantar
E o grilo saltar
e correr... cometer grandes proezas.

Surge então a borboleta
de mil cores...bem colorida.
Dizendo maravilhas da vida.
Ah...venho de longe a esvoaçar...
trago até uma novidade!
O sol amanhã vai voltar
Para os que já têm saudade.

E lá ficaram todos muito felizes, 
tornando a tarde ensurdecedora com seus cantos
e no céu as nuvens pareciam pedaços de prata.
Ainda não está o sol a descoberto, mas os nossos amiguinhos
só de saberem que ele vai voltar, seguem pelo verde campo
docemente humedecido por uma chuvinha de verão.
Assim acaba mais uma história...era uma vez!






10 mandamentos da contação de histórias

  1. Escolha uma história da qual você goste muito e deseje contar.
  2. Leia essa história muitas vezes.
  3. Feche os olhos e imagine o cenário, os personagens, o tempo e outros elementos constituintes do enredo.
  4. Escolha a voz para o narrador e para as personagens da história.
  5. Exercite seu poder de concentração.
  6. Aprenda como criar o gosto pela leitura conforme a idade do aluno.
  7. Tenha cuidado com sua postura e os vícios de linguagem.
  8. Conte para alguém antes de contar para todo mundo.
  9. Na hora de contar, olhe para todo: olhar diz muita coisa.
  10. Seja natural, deixe falar seu coração e seduza o ouvinte para que ele deseje ouvir novamente.



HISTÓRIAS PARA CONTAR E ENCANTAR......

O TÓ E O CÃO NARUK




O TÓ é um menino que apascenta as cabrinhas, leva-as todos os dias aos pastos verdes
para que elas fiquem felizes e encham a barriguinha, depois...bem lá para a tardinha regressa
a casa onde o espera o avô afim de procederem à ordenha.

O TÓ, tem muitos amigos lá na sua aldeia
mas sonha que há-de ir para a cidade
pois é um estudante de mão cheia
e logo, logo, terá mais idade!

Ah...mas ainda não partiu
e já sente que vai ter saudade
Dos prados, do rio...
E dos amigos por quem tem muita amizade.
Às vezes conversa com o amigo RUI
e lhe confessa ...olha RUI eu já estou com saudade
e ainda não fui...
Diz o RUI, arranjaremos maneira de cá voltar
talvez na primavera
Vamos os amigos todos juntar
pois a nossa amizade é sincera.

O avô do TÓ já procedeu à ordenha
há leite fresquinho,
para beber e fazer bom queijinho.
Hoje o avô está feliz pois nasceram
dois cabritinhos,
com tão poucas horas de vida
já andam aos saltinhos.
Amanhã já vão ao pasto com o TÓ
e assim o menino com tanto amigo
nunca se sente só.

lindos cachorros
Ah...já me esquecia...
É que o cão NARUK,
Também faz muita companhia.
Não deixa tresmalhar as cabrinhas
trá-las todas sempre juntinhas.
E faz  ão...ão...ão...!
Vai latindo sem parar
Como quem diz: por aí não...por aí não!
Fazem favor de voltar!
É uma grande ajuda que o TÓ tem
e é um grande amigo também!

Ora bem, quem nasceu na aldeia
não esquece nunca os dias ensolarados
as árvores em flor
o cantar dos pássaros em liberdade
Os amigos amados
O seu primeiro amor
E tudo lembra para sempre com saudade.

As primeiras letras e algarismos,
o primeiro professor...
A escola branquinha com risca amarela
E a secretária onde se sentava, junto dela.
Lembrará o quadro, e o adro,
as brincadeiras à apanhada
e as ruas estreitinhas da terra amada.
As hortas, e as festas tradicionais
Os foguetes a banda, não esquecerá jamais.

Mas o TÓ vai crescer e tomar rumo na vida
leva no coração a terra querida
e quando tiver netos, vai contar-lhe a sua história
e tudo o que guarda na memória.

Espero que os meninos que ouvirem a história, não se esqueçam do TÓ
pois na verdade é um menino com muitos bons sentimentos, sempre pronto a ajudar
na lida do campo os avós que o ajudam também a crescer, dando-lhe lições de vida.




A LAURINHA E O AVÔ QUIM




A LAURINHA olha atentamente o avô Quim que anda a semear os coentros,
num canteirinho virado ao sol, e abrigado do vento. Ao lado está o canteiro
das ervilhas de cheiro e bem colorido já ... está o preferido do avô que é 
o canteirinho das alfaces verdes e roxas, crescendo dia a dia que dá gosto ver...
Mas a menina se preocupa com a saúde do avô e acha que ele deve estar cansado.

Ai avô... quem dera ter uma horta assim!
Para plantar coentros salsa e alecrim...
Mas claro tenho que aprender
E é contigo se me quiseres ensinar,
eu prometo merecer, 
e quando souber plantar e cuidar
Aí sim... já tu podes descansar!

O avô QUIM, ficou bem animado,
com a oferta da LAURINHA
Ui...suspirou de tão cansado!
Sentou-.se perto da sua netinha,
contando-lhe muitas histórias de quando era 
da sua idade...e,
ai como a lembrança lhe trazia saudade!!!
Até uma lágrima rolou
no rosto do avô.

Então lembrou que em pequenino,
tinha um burrinho
Que o transportava a caminho
da horta, outras vezes o levava pela arreata.
Cinzento era o burrinho, côr de prata!
E olhos meiguinhos, lá ía com passos miudinhos,
ao encontro de seu avô,
enquanto a avó ficava em casa cozinhando
o almoço. 
E de novo suspirando
diz o avô com saudade: ai... como eu era tão moço!

espantalho decoupage


Conta que com paciência seu avô
lhe ensinou
a fazer um assobio
com uma cana verde que apanhou perto do rio.
A menina ouviu...ouviu...
e não desistiu, com olhar sorridente,
ao contrário do olhar sombrio
do avô QUIM disse:
Avô um dia, vou contar aos meus netos
que tu eras muito meu amigo, que eu
era a neta a quem davas mais afectos.

E assim num abraço apertado a LAURINHA, 
demonstrou o seu amor pelo avô, e nunca vai esquecer as lições sobre horticultura.
Quando florirem os seus canteiros de cheiros e de flores que tratará com ternura,
levará também para a avó MARIA
que ficará tão contente, que a abraçará com alegria.

Finda esta estória aqui, mas já vinha aí a saltar um CABRITINHO que acabou de nascer, e a LAURINHA, vai voltar para outra estória contar, pois é verdade...é que ela também gosta muito dos animais, e lá na quinta eles nunca são demais. Há galinhas no poleiro, e ovelhinhas a pastar, a comida está no celeiro e não convém acabar, mas a natureza tudo nos dá... devemos aquietar-nos...e aceitar  o que nos é dado... a cada dia que passa e assim sermos felizes com a ajuda de Deus!


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A HISTÓRIA DA FIGUEIRINHA



Hoje lembrei duma figueirinha muito especial, então resolvi contar a
história bem real.

Era uma figueirinha, a tantas igual
Foi plantada no tempo dos bisavós
Mas em dia de temporal
Foi arrastada pelas águas
Ficando no meio do rio
A sós...!
Porém,
tinha a raíz bem forte
ficou sempre à terra ligada
e ninguém
conseguiu dali arrancá-la.
Nem o vento do norte!
Pois tinha a amizade da menina a segurá-la.


A figueirinha que vos falo, era
bem mimosa, ostentava suas verdes folhas
e seus belos figos roxos...
Na Primavera,
lá ía sua amiga a menina com quem conversava.
A menina ao tronco trepava, sentava-se,
e a figueira a convidava a comer seus figos roxinhos.
A menina agradecia, comia
e repartia com os peixinhos...
Ah! E também com os passarinhos...,
que por alí perto nos salgueiros tinham os ninhos.
A menina e a figueira eram então muito amigas,
em troca dos figos a menina cantava-lhe cantigas
com muito amor, 
a música vinha do rumor
das agúas do açude,
que caíam em catadupa, brilhando ao sol da tarde...
Ah! Como a menina tem saudade...!

Molhava os pés...e ria...ria com alegria.
Ali só estava ela a figueirinha e por companhia
os peixinhos, e os passarinhos.
Durante muitos anos sempre houve esta amizade
Todos compartilhavam suas vidas,
a menina e a sua ansiedade...
queria ser grande ter mais idade!
Os salgueiros queriam suas hastes, robustas mais crescidas.
O rio enlouquecia por chegar ao mar
Os passarinhos de ramo em ramo não pararam de saltitar.
O açude esse continuava a cantar, melodias de encantar,
e a figueirinha...essa, esperava p'la menina, sempre na ânsia de a ver regressar.

Lá ficou no meio do rio, aguentando as investidas 
do temporal.
E foi assim tal qual!
Um dia já cansada 
de esperar se deixou adormecer,
e assim, p'la água foi levada
acabou por morrer...


Mas não fiquem tristes...
Pois...valeu a pena prá figueirinha viver,
sempre  teve bons amigos, viveu feliz
e hoje a menina a recorda com muita ternura.
E assim ERA UMA VEZ...uma figueira diferente
Que dava figos com doçura,
para a menina sómente...!
Que os repartia com os passarinhos
e com os peixinhos,
que também a sua falta sentiram.
E os meninos se admiram?
Foram tempos de muito amor e união!
E que ainda hoje a menina lembra e traz no coração.

São recordações pois então...
gale franey,imagensdecoupage.blogspot.com/

Agora deixa-se na margem a olhar
para aquele lugar,
lá está o rio a murmurar
E ela tudo ainda ama...
E parece-lhe ouvir a figueirinha
que por ela chama!

À próxima virei contar-lhes outra história verídica,  duma menina e seus amigos de escola.
Quem contou a história?
A RITA... claro, a que tem no cabelo uma fita, a que não pára de sonhar...por isso tanta história tem para vos contar.






A MENINA BORBOLETA E O COLIBRI



Andava a menina Borboleta distraída
Pousando aqui e ali...
Ouviu queixar-se da vida
Um bonito Colibri.

Porque te queixas Colibri?
Se o vento está de feição!
Sorri, sorri...sorri!
Esquece logo a solidão.

Olha, olha quem ali vem!
Joaninha amiga tão boa!
Chora ela também!
Que seu pai foi pra Lisboa.

Eu também tenho saudade
Duma outra Primavera...
Lá dum jardim da cidade
Onde tenho um amigo à espera.

Vou andando, passe bem!
Veja se alegra seu dia
Cante... cante muito e cante bem
Aí no cimo da ramaria.

Que o rouxinol também canta
Do nascer ao fim do dia
E o seu canto a todos encanta
Até à jovem Cotovia.

Hoje o céu está azulinhol
E até ele?... chega a palmeira!
Onde a Rolinha fez o ninho
Chegou cedo foi a primeira!

Novidades por aqui?
Anda aí um novo Zangão!
Anda sim, que eu bem o vi!
Veio para passar o Verão.

De férias vieram também
As Andorinhas lá do sul
Que mau feito elas têm!
Vêm quando o céu está azul
Mas não se dão com ninguém.

Bem  eu vou à minha lida!
Tenho flores pra visitar
Fique-se aí na sua vida
Que prá tarde hei-de voltar.

Ah...fique também a saber!
Que há aqui perto uma colmeia
Com abelhinhas a nascer
Dizem que a casa está cheia!

Um berçário bem guardado
A Abelha Mestra é a mãe
Trata das bébés com cuidado
As abelhinhas tratam dela também.

Ah...Logo, logo o rosmaninho
E também o alecrim
Vão ficar também cheinhos
De borboletas iguais a mim.

São minhas primas e vêm
De longe da Àfrica quente
Escreveram e dizem que têm
Muitas saudades da gente.

Que água tão clarinha
Já viu passarinho Colibri?
Vou matar a sede minha
E já volto de novo aqui.

Este vento rezingão
Nem é mau como parece!
Sempre nos dá um empurrão...
Depois abranda!
E a rabujice logo esquece.

E lá foi a borboleta colorida, com suas asas
multicolores, contente com a Primavera e com a chegada
de outros bichinhos que aparecem nesta estação do ano, rodeando
as flores do campo e dos jardins. Hoje está uma aragem leve
o odor da flor do limoeiro e da laranjeira se espalha no ar.
 Eu sou a ROSA e aqui bem sossegada no meu cantinho, ouvi esta conversa 
entre a Borboleta e o Colibri.







UMA JOANINHA FELIZ



Sou uma Joaninha muito alegre, vou contar
a minha história, chamo-me FLI, minha mãe FLÁ, meu pai FLU minha irmã mais novita  FLÉ e minha irmã mais velha FLO


Nasci num dia ensolarado
Meu pai nem estava por cá!
Nasci bem no meio do prado
Minha mãe se chama FLÀ.

Sou a filha do meio
FLI
Sou vermelhinha no verde
Gosto de passear no centeio
E de ir ao rio matar a sede.

A minha irmã mais nova
É linda e tão morena...
FLÉ
Por isso lhe faço uma trova
Eu cá sou Poeta,
Ela não...tenho pena!

Meu pai anda lá por Lisboa
Na avenida da Liberdade
Enquanto eu por aqui à toa
Não o esqueço e dele trago saudade.

Olhem só quem ali vem!
É minha irmã, a mais novita a FLÈ
Gosto dela como ninguém
Daqui de perto dela, não arredo pé.

Balouçamos no centeio
Com a ajuda da FLO e do vento
E quando o trigo estiver cheio
Ele será nosso alimento.

Por aqui temos fartura
Vivemos muito contentes!
Mas para alguns a vida é dura
E têm fome entrementes.
Hoje é grande a minha euforia
Faço anos pois então!
Minhas asas não páram, é tanta a minha alegria
Que aqui quero também passar o Verão.

Vou voar todo o santo dia
Entre uma e outra seara
Vou fazer como a formiga
Que de trabalhar não pára.
E quando chegar o luar
Recolhida eu vou estar,
Numa folhinha de milho
Mas amanhã vou voltar...
Pelo mesmo carreiro,
Seguindo o mesmo trilho
E das espigas sigo o cheiro.

De Lisboa está prestes o pai a chegar
E a mãe FLÀ está muito contente
Se o pai nos vem visitar
Está contente toda a gente.

E assim a estória termina
Que eu quero é ir brincar
Ainda sou tão menina
Que o vento me empurra ao voar.
Já vejo o dia a fugir
E o sol para trás da igreja
Gotas de cacimbo a cair
É a natureza benfazeja.